O mais novo capítulo da saga do rouxinol está na área...
Abaixo você pode encontrar os demais capítulos
E o próximo fica sob a responsabilidade de Ana Bittencourt
Mostra aí as besteiras que tu aprendeu na faculdade de jornalismo, Aninha
Capítulo 1 - Homero
Capítulo 2 - Ale
Capítulo 3 - Tigre
Capítulo 4 - Chagas
Capítulo 5 - Fani
Capítulo 6 - Grings
Capitulo 7 - Tati
Capítulo 8
Era a única pista que tinha. Uma minúscula pedra de strass que adornava a fina e desenhada cintura do vestido daquela miserável que, em apenas uma noite, conseguira deixar ainda mais amarga a sua já traumática existência.
Auto estima nunca foi o forte de Dolores. O trauma de ter apenas 1,32 metro não foi o primeiro golpe no amor próprio do filho temporão de dona Iscarleti (nascida em 1939, ano do lançamento de O Vento Levou, recebeu o nome da heroína de sua mãe, Scarlet O´Hara).
De estatura normal, Iscarleti e o marido Amarildo tiveram 11 filhos homens, todos de altura também normal. Mas a obsessão por uma filha mulher não permitiu que eles se contentassem com a já avantajada prole.
- São todos gremistas - bradava Amarildo toda vez que ouvia a piadinha do time de futebol, apesar de ser natural de Rio Branco (AC).
Preferências futebolísticas à parte, o amor que os dois sentiam pelo samba canção brasileiro era a motivação para o desejo desenfreado de ter uma filha mulher. Eles queriam dar à pequena o nome de Dolores, em homenagem à cantora Dolores Duran, uma das grandes intérpretes do gênero.
Foi quando, no dia 7 de agosto de 1979, já aos 40 anos, Iscarleti deu á luz seu 12º filho. Quando nasceu, era do tamanho de qualquer bebê. Mas pela estatura só conhecida anos mais tarde, todos pensaram se tratar de uma menina, uma vez que o órgão genital do pobrezinho já acompanhava a tendência de pouco crescimento.
Feliz da vida, o casal finalmente prestou sua homenagem e Isacarleti ligou as trompas. Por toda a vida, o menino que já era motivo de chacota na escola por conta do tamanho, ficou fadado a conviver com as gaitadas dos colegas toda vez que seu nome era pronunciado na chamada.
Iscarleti e Amarildo faleceram três dias antes de Dolores completar 12 anos, deixando o menino aos cuidados do único dos irmãos que ainda não havia se casado e abandonado aquela família atormentada pelos problemas do caçula. Ele também não era o rei do amor próprio, mas resolvia este problema gastando tudo o que ganhava em sua empresa de limpeza de fossas na compra de belos ternos. No final do ano conseguiu realizar um sonho de consumo: comprou um rolex.
Cansados de contar os trocados, os dois decidiram se dedicar a um negócio mais lucrativo. Uniram o útil ao agradável e, aos poucos, engordaram o negócio de criação de pôneis.
Dolores costumava dizer que, como não conseguia montar sozinho em um puro sangue, preferia ter um cavalo a sua altura. A idéia surgiu como uma forma de entretenimento, mas acabou rendendo grana mesmo a partir do momento que os animais começaram a ser usados para trazer cocaína pura para o Brasil. Não é preciso dizer que os inocentes animais eram o próprio recipiente. Além disso, um anão guiando três ou quatro pôneis pela ponte da amizade era acima de qualquer suspeita.
Enfim, os dois literalmente lavaram a égua e não pensaram duas vezes na hora de gastar boa parte do que ganhavam com bebidas, mulheres e noitadas. Foi em uma destas noitadas que Monique cruzou seu caminho.
- Quanto é o serviço completo aí, lourão? – perguntou Dolores com a habitual gentileza que tratava as mulheres.
- Para você baixinho, R$ 100.
- Então levanta daí e vamos subir.
Já no quarto, e sob o nome de Rouxinol (adotado nas noites de trabalho), a profissional bem que tentou fazer o serviço completo. Apesar de seus esforços, foi o equipamento do baixinho que acabou deixando a desejar. Irritada com a noite desagradável que já havia enfrentado, ela não se conteve e começou a gargalhar.
As risadas ecoavam nos ouvidos de Dolores, fazendo lembrar tantos traumas que já havia sofrido na vida. Em um surto psicótico, ele sacou uma arma que carregava e ameaçou Rouxinol. Assustada, ela sacou seu sapato de salto agulha e bateu contra a pequena cabeça do agressor.
Correu para fora do quarto, só com tempo de pegar seu precioso vestido branco, que estava no chão, ao lado da cama. Quando acordou do baque, tudo que havia sobrado no quarto era a tal pedra de strass. Botou no bolso e partiu para a vingança.
Auto estima nunca foi o forte de Dolores. O trauma de ter apenas 1,32 metro não foi o primeiro golpe no amor próprio do filho temporão de dona Iscarleti (nascida em 1939, ano do lançamento de O Vento Levou, recebeu o nome da heroína de sua mãe, Scarlet O´Hara).
De estatura normal, Iscarleti e o marido Amarildo tiveram 11 filhos homens, todos de altura também normal. Mas a obsessão por uma filha mulher não permitiu que eles se contentassem com a já avantajada prole.
- São todos gremistas - bradava Amarildo toda vez que ouvia a piadinha do time de futebol, apesar de ser natural de Rio Branco (AC).
Preferências futebolísticas à parte, o amor que os dois sentiam pelo samba canção brasileiro era a motivação para o desejo desenfreado de ter uma filha mulher. Eles queriam dar à pequena o nome de Dolores, em homenagem à cantora Dolores Duran, uma das grandes intérpretes do gênero.
Foi quando, no dia 7 de agosto de 1979, já aos 40 anos, Iscarleti deu á luz seu 12º filho. Quando nasceu, era do tamanho de qualquer bebê. Mas pela estatura só conhecida anos mais tarde, todos pensaram se tratar de uma menina, uma vez que o órgão genital do pobrezinho já acompanhava a tendência de pouco crescimento.
Feliz da vida, o casal finalmente prestou sua homenagem e Isacarleti ligou as trompas. Por toda a vida, o menino que já era motivo de chacota na escola por conta do tamanho, ficou fadado a conviver com as gaitadas dos colegas toda vez que seu nome era pronunciado na chamada.
Iscarleti e Amarildo faleceram três dias antes de Dolores completar 12 anos, deixando o menino aos cuidados do único dos irmãos que ainda não havia se casado e abandonado aquela família atormentada pelos problemas do caçula. Ele também não era o rei do amor próprio, mas resolvia este problema gastando tudo o que ganhava em sua empresa de limpeza de fossas na compra de belos ternos. No final do ano conseguiu realizar um sonho de consumo: comprou um rolex.
Cansados de contar os trocados, os dois decidiram se dedicar a um negócio mais lucrativo. Uniram o útil ao agradável e, aos poucos, engordaram o negócio de criação de pôneis.
Dolores costumava dizer que, como não conseguia montar sozinho em um puro sangue, preferia ter um cavalo a sua altura. A idéia surgiu como uma forma de entretenimento, mas acabou rendendo grana mesmo a partir do momento que os animais começaram a ser usados para trazer cocaína pura para o Brasil. Não é preciso dizer que os inocentes animais eram o próprio recipiente. Além disso, um anão guiando três ou quatro pôneis pela ponte da amizade era acima de qualquer suspeita.
Enfim, os dois literalmente lavaram a égua e não pensaram duas vezes na hora de gastar boa parte do que ganhavam com bebidas, mulheres e noitadas. Foi em uma destas noitadas que Monique cruzou seu caminho.
- Quanto é o serviço completo aí, lourão? – perguntou Dolores com a habitual gentileza que tratava as mulheres.
- Para você baixinho, R$ 100.
- Então levanta daí e vamos subir.
Já no quarto, e sob o nome de Rouxinol (adotado nas noites de trabalho), a profissional bem que tentou fazer o serviço completo. Apesar de seus esforços, foi o equipamento do baixinho que acabou deixando a desejar. Irritada com a noite desagradável que já havia enfrentado, ela não se conteve e começou a gargalhar.
As risadas ecoavam nos ouvidos de Dolores, fazendo lembrar tantos traumas que já havia sofrido na vida. Em um surto psicótico, ele sacou uma arma que carregava e ameaçou Rouxinol. Assustada, ela sacou seu sapato de salto agulha e bateu contra a pequena cabeça do agressor.
Correu para fora do quarto, só com tempo de pegar seu precioso vestido branco, que estava no chão, ao lado da cama. Quando acordou do baque, tudo que havia sobrado no quarto era a tal pedra de strass. Botou no bolso e partiu para a vingança.
eu? começa agora a escolher a modalidade de tortura que eu vou aplicar em ti, abestada! tá maluca? tenho competência pra isso não fia...
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMeu Deus, aleluia! Rufem os tambores mesmo. Isso não foi uma demora, foi uma gestação! Certo que passou dos 9 meses!
ResponderExcluirParabéns, vc merece duas estrelinhas!