segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Yes, we can!



Que amanhã é o dia da posse do Obama você já sabe. Que ele é a própria figura da esperança de que a nação norte-americana se torne um pouco menos ignorante e xenofóbica você também já sabe. Mas o que ninguém sabe é se Obama realmente será o salvador da pátria ou se acontecerá com ele o mesmo que aconteceu com o Lula.
Em 2002, eu fui uma dos muitos milhões de brasileiros que deixaram as lágrimas correrem diante da figura daquele barbudinho simpático, que finalmente tirou a camiseta do movimento sindical e vestiu-se de terno e gravata (como um presidente deve ser) para personificar todo nosso desejo de melhores condições de vida e de um país mais justo e menos corrupto.

Pois bem, sete anos depois, me considero uma eleitora decepcionada. E não por achar que Lula foi ou tem sido um presidente ruim. Mas porque ele foi vítima (se é que se pode usar este termo) de um movimento gigantesco de pessoas que estão de saco cheio da merda em que o Brasil se encontra.
Sem que lhe dessem uma varinha de condão, esperaram que ele fizesse um milagre e transformasse o Brasil em uma Dinamarca tropical em quatro anos.

Me sinto decepcionado porque esperava do nosso presidente uma conduta muito mais enérgica em relação aos políticos corruptos e, principalmente, não admito que o chefe de Estado de um país com 180 milhões de pessoas cometa as gafes que ele já cometeu mundo afora (e olha que o volume de viagens não daria para contar nos dedos - muito menos nos do Lula)...

De qualquer maneira, desejo a Obama um destino melhor do que o do nosso presidente que, apesar das críticas, é um fenômeno de popularidade, mas que deixa a desejar quando é preciso colocar o p.. na mesa. Espero que você consiga saciar pelo menos uma parte, mesmo que pequena, da necessidade urgente de termos nos Estados Unidos a liderança justa e menos carniceira que transformaria (sem demagogia) o mundo em um lugar melhor.

2 comentários:

  1. Tenho pra mim que quando a gente espera demais, acaba se decepcionando. Mas não sei se dá pra comparar o caso dos dois presidentes. O cenário político dos dois países é completamente diferente.
    Temos os políticos que merecemos. Votamos neles. Eles são a nossa cara. E quando digo "nós", digo "a massa". Nunca quisemos mudanças, nunca quisemos o fim do patriarcalismo, nem mesmo o fim da corrupção.
    A cada furo de fila, a cada gato de luz, água ou TV a cabo, damos continuidade à política que aí está. Voto não faz mágica. Especialmente quando colocamos nós mesmos no poder.

    Ui, filosofei.
    Mas é o que acho.

    Beijos, queri!

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  2. Amiga, botei uma discussão lá no blog sobre o teu post, tudo bem?
    Tomara que alguém participe...

    Beijos!

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