Claro que já tinha ouvido falar da Susan Boyle e sua história sensacional. Mas admito que até hoje não havia me dado o trabalho de assistir ao tal
vídeo no You Tube. Vi o post no blog da
Aninha e resolvi dar um bico.
Cara, por mais clichê que possa parecer, essa mulher é demais mesmo. Me lavei chorando vendo a apresentação dela. E depois refleti muito sobre como o ridículo se transformou em um dos principais produtos de entretenimento no mundo. As perguntas que ela responde antes de se apresentar e a cara dos próprios jurados são uma afronta à boa educação.
O American Idol, assim como este programa britânico e também a versão brasileira, que não sei se ainda está no ar, tem como principal objetivo expôr as pessoas ao ridículo, transformar o sonho desse pessoal em chacota.
Tem uma menininha, olhos verdes, cabelinhos pranchados, que aparece no vídeo da Susan (antes de ela começar a cantar, é claro), que vira os olhos quando aquela senhora desajeitada diz que está lá porque sonha em ser uma cantora profissional.
Paro aqui para uma observação (e não tô tacando o pau na guria, mas na hipocrisia que ela representa): tenho certeza que nem em um milhão de anos ela teria coragem de se inscrever em um concurso de calouros, mesmo sendo bonitinha, quem dirá sendo uma virgem de 47 anos.
Então ela não tem nada que ridicularizar quem tem a coragem de fazer isso. Ela deveria, sim, se curvar a este tipo de atitude.
Sei que este assunto já está mais do que esgotado, mas não dá para deixar passar em branco o que está acontecendo com essa mulher. Torço muito para que todas as coisas que vi no Jornal Hoje se tornem realidade. Espero que ela ganhe muito dinheiro com o disco que vai gravar. Espero que façam um filme mesmo sobre a vida dela. Espero que ela encontre um marido.
Espero que a Susan seja muito feliz, pois diferentemente de 99,9% das celebridades instantâneas, ela ficou famosa não por mostrar a bunda, fazer um vídeo pornô que vazou na internet ou ser a ganhadora do Big Brother. Susan ficou famosa por nos ensinar uma lição, de humildade, de persistência e por nos esfregar na cara que quem tem uma verdadeira estrela, mais cedo ou mais tarde vai brilhar.