Recebi este texto da minha amiga Tata... Diz que é do Luiz Fernando Veríssimo, mas como não tenho certeza, publicarei assim mesmo. Simplesmente pq ele é muito bom...
Pensando bem, é difícil acreditar que estejamos vivos até hoje!Quando éramos pequenos,viajávamos de carro, sem cintos de segurança,sem ABS e sem air-bag!Os vidros de remédio ou as garrafas de refrigerantes não tinham nenhumtipo de tampinha especial,nem data de validade.E tinham também aquelas bolinhas de gude, que vinham embaladas seminstrução de uso.A gente bebia água da chuva,da torneira e nem conhecia água engarrafada!Que horror!
A gente andava de bicicleta sem usar nenhum tipo de proteção, epassávamos nossas tardes construindo nossas pipas ou nossoscarrinhos de rolimã.A gente se jogava nas ladeiras e esquecia que não tinha freios até quenão déssemos de cara com a calçada ou com uma árvore e depois de muitosacidentes de percurso, aprendíamos a resolver o problema, SOZINHOS!
Nas férias, saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo; nossospais às vezes não sabiam exatamente onde estávamos, mas sabiam que nãoestávamos em perigo.Não existiam os celulares! Incrível!
A gente procurava encrenca.Quantos machucados, ossos quebrados e dentesmoles dos tombos! Ninguém denunciava ninguém.Eram só 'acidentes' demoleques, na verdade nunca encontrávamos um culpado.Você lembra destes incidentes?Janelas quebradas, jardins destruídos,as bolas que caiam no quintal dovizinho.
Existiam as brigas e, às vezes, muitos pontos roxos, e mesmo quenos machucássemos e,tantas vezes chorássemos, passava rápido.A maioriadas vezes, nem mesmo nossos pais vinham a descobrir.A gente comia muito doce,pão com muita manteiga,mas ninguém era obeso, nomáximo um gordinho saudável,nem se falava em colesterol. A gente dividia uma garrafa de suco,refrigerante ou até uma cervejaescondido, em três ou quatro moleques, e ninguém morreu por causa devermes.
Não existia o Playstation,nem o Nintendo. Não tinha TV à cabo,nem videocassete, nem Computador, nem Internet. Tínhamossimplesmente amigos.A gente andava de bicicleta ou à pé.Íamos à casa dos amigos, tocávamos acampainha, entrávamos e conversávamos sozinhos, num mundo frio e cruel,sem nenhum controle.Como sobrevivemos?
Inventávamos jogos com pedras,feijões ou cartas.Brincávamos com pequenos monstros,lesmas, caramujos e outros animaizinhos,mesmo se nossos pais nos dissessem para não fazer isso. Os nossos estômagosnunca se encheram de bichos estranhos,no máximo, tomamos algum tipode xarope contra vermes e outros monstros destruidores, aquele caracom um peixe nas costas,(uma tal de Emulsão de Scott).
Alguns estudantes não eram tão inteligentes quanto os outros e tiveramque refazer a segunda série, que horror! Não se mudavam as notas e ninguémpassava de ano se não fosse realmente bom aluno.As professoras eraminsuportáveis.Não davam moleza.Os maiores problemas na escola eram:chegar atrasado, mastigar chicletes na classe , mandar bilhetinhos falandomal da professora,correr demais no recreio ou matar aula só pra ficar jogandobola no campinho.As nossas iniciativas eram 'nossas',mas as conseqüências também!Ninguém se escondia atrás do outro.
Os nossos pais eram sempre do lado da Lei quando transgredíamos as regras.Se nos comportávamos mal, nossos pais nos colocavam de castigo e,incrivelmente, nenhum deles foi preso por isso.Sabíamos que quando os pais diziam 'NÃO', era 'N Ã O'.A gente ganhava brinquedos no Natal ou no aniversário, não todas às vezesque íamos ao supermercado.Nossos pais nos davam presentes por amor, nunca por culpa.
Por incrível que pareça, nossas vidas não se arruinaram porque não ganhamostudo o que gostaríamos ou que queríamos.Esta geração produziu muitos inventores,artistas, amantes do risco eótimos 'solucionadores' de problemas.
Nos últimos 50 anos, houve uma desmedida explosão de inovações etendências.Tínhamos liberdade, sucessos, algumas vezes problemas e desilusões, mastínhamos muita responsabilidade. E não é que aprendemos a resolver tudo?E SOZINHOS!!!Se você é um destes sobreviventes,PARABÉNS!!!
VOCÊ CURTIU OS ANOS MAIS FELIZES DE SUA VIDA...'
Esse texto não tem absolutamente nada a ver com o Verissimo. Quem é leitor das crônicas dele identifica isso na hora.
ResponderExcluirOtima essa história! O leitor fica emocionado ao ler um fato ocorrido como esse! emocionalmente digi que és muito linda.
ResponderExcluirAss: H3dhycl3ziOoooo...